Jean Paul Bucchieri nasceu em Itália e reside em Portugal desde 1993. Encenador, investigador e pedagogo, concluiu o Doutoramento em 2011 na FMH da Universidade de Lisboa, com uma bolsa da FCT. Em 2007 frequentou e concluiu o Curso de Encenação de Ópera, no âmbito do Programa Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian, onde apresentou a ópera Raphael, Reviens! de Bernard Cavanna, com direcção musical de Cesário Costa. Faz parte do Corpo Docente da Escola Superior de Teatro e Cinema. É membro integrado e investigador do CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação. Destaca a sua participação em projetos de Bob Wilson como assistente e intérprete. Colaborou, entre outros, com Ana Luísa Guimarães, Jorge Listopad, Maria João Pires, Olga Roriz, Nuno Carinhas, Joaquim Benite, Nuno Coelho e Lorenzo Viotti. Como encenador, apresenta regularmente os seus projetos nas áreas das artes performativas, do teatro e da ópera, desde 1994. Ultimamente destaca as encenações de Poema à duração, de Peter Handke, no MAPS (2020), L’Histoire du soldat de I. Stravinsky, na Fundação Gulbenkian, com direcção musical de Lorenzo Viotti (2020), O Dicionário da fé, com textos originais de Gonçalo M. Tavares, no Teatro Nacional Dona Maria II (2021), Don Giovanni o dissoluto, a partir de José Saramago e W. A. Mozart, com direção musical de Nuno Coelho, na Fundação Gulbenkian (2022) e Para nada (2023), de Samuel Beckett, primeira parte de uma série de monólogos a partir de Pier Paolo Pasolini, Maurice Blanchot, Maria Gabriela Llansol, Etty Hillesum, Michel Foucault, T. S. Eliot, Michel de Montaigne, Teixeira de Pascoaes, Rainer Maria Rilke e Roland Barthes. Em fevereiro de 2024 estreou Exposição Temporária, uma pintura de Chagall e A Flauta Mágica de Mozart, no CCB, com direção musical de Jean-Marc Burfin. Conduz uma investigação científica sobre o trabalho do intérprete e a sua relação com as artes performativas, focando as problemáticas que o abatimento das fronteiras nas linguagens cénicas propõe. A linha de investigação que percorre, se situa na observação fenomenológica do trabalho do intérprete, bem como na possibilidade de comparar e sistematizar os instrumentos que a teoria e a prática oferecem ao intérprete. Em dezembro de 2023 acabou um Pós-doutoramento, no Instituto de Educação da ULisboa, sobre a relação entre a encenação, a pedagogia e a investigação em arte.