Armando Nascimento Rosa (Évora, 31/07/1966) é doutorado em Estudos Portugueses – Literatura Dramática do séc. XX (2001), mestre em Estudos Literários Comparados (1994), e licenciado em Filosofia (1988), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, exercendo funções docentes na ESTC desde 1998, onde é professor coordenador da área de Teorias e Estéticas, e dirige a especialização em Teatro e Comunidade do mestrado em Teatro. É detentor do título de Especialista em Teatro [Dramaturgia] pelo IPL, obtido em 2023. Iniciou percurso profissional de dramaturgista em 1990 no Teatro da Politécnica, a convite do seu fundador, o encenador Mário Feliciano, e é investigador membro do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação) desde a sua criação, em 2007. Tem duas dezenas e meia de livros de dramaturgia original e ensaio publicados, incluindo bibliografia crítica sobre Samuel Beckett, António Patrício, Fernando Pessoa, e Natália Correia, autora cuja obra dramática completa publicou em 2023, na INCM.
Enquanto dramaturgo, é autor de mais de trinta obras dramáticas originais, incluindo dois libretos de óperas, com música de Hugo Ribeiro, vencedoras do concurso Ópera em Criação: As duas mulheres de Sigmund Freud (2008) e Os mortos viajam de metro (2010). Estreou-se na escrita para teatro com Goiânia – Uma nova caixa de Pandora, que foi Menção Honrosa do Prémio Alves Redol de Teatro em 1988. De outras distinções recebidas por obras suas, destacam-se: o Prémio Novas Dramaturgias, em 2020, com a peça Rimbaud no Dubai – A vida é um lugar perigoso; o Prémio Literário Aldónio Gomes, em 2012, para Duas peças com História(s); o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno, em 2011, para Doutor Feelgood - Em viagem para Belle Reve; o Prémio Albufeira de Literatura, em 2008, para Visita na prisão ou O último sermão de António Vieira; e o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte, em 2000, para Lianor no país sem pilhas, a primeira das suas peças a ser representada, nesse mesmo ano, no CCB, em co-produção com a Comuna-Teatro de Pesquisa, numa encenação de João Mota. A peça Menino de sua Avó, escrita para Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes, recebeu em 2014, numa produção d’A Barraca em digressão ao Brasil, o Prémio Especial do Júri da Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis (Rio de Janeiro) e, no mesmo ano, a sua peça Resgate foi escolhida por um júri catalão para representar Portugal na 1.ª edição do Festival PIIGS em Barcelona e em Milão. O jornal Público elegeu a estreia da sua peça Um Édipo, encenada por Miguel Loureiro no Teatro da Comuna, em 2003, como o espectáculo queer do ano. Tem textos dramáticos traduzidos em sete línguas, publicados em livro e com encenações e/ou leituras encenadas em cidades da Europa, das Américas, e da Ásia.
Como cantautor, Nascimento Rosa publicou: em 2018, o CD O Piano em Pessoa (Tradisom/Casa Fernando Pessoa/IPL), em parceria com o pianista António Neves da Silva (repertório estreado em concerto em 2012, na Aula Magna da Universidade de Barcelona); e o duplo álbum O Fado é estranha alegria, com produção do maestro Mário Rui Teixeira (edição digital em 2019 e em CD em 2024), com uma primeira apresentação em concerto no Cabaret Voltaire de Atenas, em 2017.
Foto de Fernando Colaço.