Fotografia: "Gipsofila" (2015) de Margarida Leitão
Orientação do Workshop: Professora e Realizadora Margarida Leitão
Descrição: Este workshop propõe a exploração de práticas discursivas cinematográficas de autorepresentação no feminino, através da criação de uma carta fílmica. A partir da análise de excertos de filmes realizados por mulheres, as participantes irão desenvolver o seu próprio projeto, trabalhando a escrita do eu, através de imagens e sons, não só na relação direta com a identidade, mas também na relação de alteridade que se estabelece com o possível destinatário da correspondência. Pretende-se através construção de um discurso no singular, promover a exploração das fronteiras híbridas entre documentário, ficção e filme-ensaio e a investigação de práticas fílmicas de auto-representação como o auto-retrato e a autobiografia.
Participação:
Número máximo de participantes: 10
Este workshop destina-se a alunas (o conceito de "aluna" aplicado será o da própria identidade de género compreendida pela participante) dos cursos de licenciatura em cinema e mestrado em desenvolvimento de projeto cinematográfico da ESTC.
Margarida Leitão é Professora Adjunta Convidada da Escola Superior de Teatro e Cinema- Instituto Politécnico de Lisboa.
https://vimeo.com/margaridaleitao
Doutoranda em Artes – Artes Performativas e da Imagem em Movimento, pela Universidade de Lisboa e Instituto Politécnico de Lisboa. Mestre em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico, na especialidade de Dramaturgia e Realização e Licenciada em Montagem Cinematográfica, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Possui o título de Especialista em Artes / Cinema / Montagem pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Trabalhou como profissional de cinema em funções de montagem, realização e anotação. Realizou várias curtas-metragens de ficção e documentários que foram exibidos em festivais por todo o mundo e na televisão. O seu primeiro filme, Kilandukilu/Diversão, recebeu uma menção honrosa no Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde. A curta A Ferida e o documentário Muitos Dias tem um Mês foram premiados em festivais nacionais e tiveram estreia comercial. O documentário para televisão Design atrás das Grades recebeu o Prémio de Melhor Documental Transfrontera no Festival Internacional Extrema'Doc. Gipsofila, além de outros prémios nacionais e internacionais, recebeu o Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Turim. Realizou ainda outros filmes: o ensaio audiovisual Gestos do Realismo (2016); os documentários Juventude Brava (2014), Cara a Cara (2013) e Matar o Tempo (2009), e as curtas de ficção Mulher Ideal (2015), Zoo (2011) e Parte de Mim (2005). Organização: Este workshop é uma co-organização do "SPECULUM – Filmar-se e Ver-se ao Espelho: O uso da escrita de si por documentaristas de língua portuguesa" (financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e desenvolvido na Universidade da Beira Interior), e o Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.